Você sabia?!
Este cantinho está reservado para apresentar um breve e sucinto histórico das plantas medicinais mesmo antes da Era Cristã.
Os registros históricos nos relatam que talvez o ginseng, utilizado pelos imperadores na China, é provavelmente a primeira planta utilizada como planta medicinal seguida por outras civilizações até os dias atuais.Conta a história que desde 3000 A.C. o imperador na China Sheng-Nung já utilizava o ginseng como planta medicinal. Também o imperador Huang TI, mencionava 252 plantas em seu “Cânone das Ervas”(2.798 a.C).
Também temos conhecimento dos papiros “Erbs”, no Egito Antigo, que catalogava 125 plantas e 811 receitas para cura de doenças e, ainda, a prática de preparação e conservação das múmias utilizando as plantas medicinais.
No mundo grego, temos a figura de Hipócrates, considerado ”o pai da medicina” que idealizou sua obra “Hipocratium”, onde apontava o remédio de planta para cada doença. Já na era Cristã temos a figura de Pelácius, médico de Nero que estudou mais de 500 plantas medicinais.
No século XVIII, os alquimistas impulsionaram a arte de curar pelas plantas. O primeiro herbário do nosso continente data do século XVI, o manuscrito Badanius, de origem asteca.
Na Idade Média, entre (476 a 1453), com o fortalecimento da Igreja Católica, houve um esquecimento nas pesquisas com as plantas medicinais, mas no século XIII, nas escolas de Salerno e Montpellier, na Europa o estudo das plantas é retomado.
Em 1484, na Europa, foi escrito o primeiro livro sobre o cultivo das plantas medicinais, com base nos escritos do século IV Por Discoriedes e, em 1563 o Português Garcia Orta, utilizando os conhecimentos que trouxe das Índias, editou a obra “Colóquios , dos Simples das “Drogas e Cousas medicinais da Índia”
No Brasil, quando aqui chegaram os colonizadores, os índios já utilizavam as plantas medicinais em seus rituais de cura e adoração quando os pajés as utilizavam para curar os doentes.
Os europeus e africanos que também aqui chegaram, contribuíram com plantas medicinais que foram incorporadas à nossa cultura e se somaram para o desenvolvimento da fitoterapia.
No século XIX, com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, foi deixado para trás o uso de medicamentos à base de plantas medicinais.
O que se tem informações é que neste século atual há uma retomada em busca de medicamentos fitoterápicos tanto nos Estados Unidos como no Brasil.
O compromisso de Nazaré Uniluz é praticar e inspirar o Princípio do Cuidado com a natureza, educando e contribuindo para que as pessoas possam fazer escolhas mais conscientes de plantas medicinais, tanto para saborear uma boa bebida, como para prevenir e curar disfunções e doenças.
Para tanto, queremos alertar que um primeiro passo quando se trata de plantas medicinais é conhecer como foi plantada, manipulação e o cultivo das plantas.
Podemos manipular as plantas de três formas:
1) Por infusão: Colocar um pedacinho de erva e jogar água fervendo e esperar de 5 a 10 minutos e tomar.
2) Por decocção ou cozimento: Colocar a planta na água fria e ferver de 10 a 15 minutos. Recomendado apenas para cascas, raízes e sementes.
3) Por maceração: Amassar ou picar a planta e deixar em água fria de 10 a 24 horas. Dependendo da planta utilizada o tempo é variável:
- Folhas, sementes e partes tenras: de 10 a 12 horas
- Cascas e raízes duras: de 22 a 24 horas
Após esse tempo deve ser coado.
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Por de Eva Ávila – Voluntária de Projetos em Nazaré Uniluz, eterna aprendiz e apaixonada pelo tema – plantas medicinais – responsável pelo cultivo e uso educativo das plantas medicinais no campus. Idealizadora do nosso jardim de ervas medicinais e atualmente focalizadora de vivências sobre este tema para nossa equipe interna, voluntários e participantes de vivências.